sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Alagoas: Abelhas sem ferrão geram renda e preservam planta nativa


1 litro de mel das melipônias, custa até R$ 150,00, enquanto de uma africanizada custa menos de R$ 100,00
Meliponicultura é um termo que serve para designar a criação de abelhas sem ferrão. Segundo os criadores, o Brasil possui 300 das 400 espécies desse tipo de abelha que existem no mundo. E como não possuem ferrão nem toxina, também têm fama de dóceis.
Outro diferencial para essas abelhas é que elas só fazem a polinização de plantas nativas da região de Mata Atlântica, sendo responsáveis por 60% a 70% da polinização das flores de plantas nativas e não visitam plantas que foram introduzidas no país, como a acerola.
Entre as plantas nativas que a abelha Uruçu visita para fazer a polinização, estão murici, araçá, goiaba, jaboticaba, jambo, pitanga e aroeira. Como elas só polinizam as plantas nativas, o mel que elas produzem tem um sabor diferenciado e é bastante valorizado.
Ainda assim, apesar da valorização do mercado e dos preços satisfatórios para o produtor, a demanda ainda é maior do que a oferta. O mel é bastante procurado, mas ainda não existe produção suficiente para atender ao mercado local.
Um litro de mel das melipônias, como são chamadas as abelhas sem ferrão, custa entre R$ 100,00 e R$ 150,00, enquanto um litro de mel das abelhas africanizadas, como são denominadas as demais, custa menos de R$ 10,00.
As abelhas sem ferrão conseguem produzir de 4 a 10 litros de mel por ano por cada colméia, mas para isso é preciso ter conhecimento técnico, saber cuidar, não deixar faltar alimento para elas, e a área deve estar preservada, deve ter pasto nativo.
Além da Uruçú, outras abelhas sem ferrão criadas em Alagoas são a Moça-branca, Mosquetinho, Mandaçaia, Jataí e Jandaira.
Foto: Divulgação.
Fonte: Tendências do Mercado

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