segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Vídeo Meliponicultura Maia


Este vídeo foi feito pelo Dr. Steve Buchmann irá apresentá-lo a Meliponicultura Mexicana, a arte de manter abelhas sem ferrão do gênero Melipona. Infelizmente, essa antiga prática está diminuindo nas aldeias maias, mas ainda podem ser encontrados em regiões remotas da península de Yucatan. Este vídeo foi indicado pela Drª Vera Lucia imperatriz Fonseca através do ABENA (Yahoo Grupos).
Curtam essa bela produção!!!  


Informações complementares: 
O pesquisador e colaborador João Pedro Cappas e Sousa que esta sempre dando suporte e dividindo seu conhecimento com os membros do grupo ABENA fez alguns comentários que acredito agregar valor a essa produção, conforme vocês poderam acompanhar abaixo:

Cappas: As ruínas apresentadas no vídeo fazem parte da cidade de  Tulum.  A figura sobre a porta é o Deus Abelha  Ah Mucen Cab.




Cappas: As colmeias utilizadas por eles são conhecidas como Jobones e se reparar bem, as colmeias, tem tampões que podem ser de madeira ou de pedra. Além disso, nesse tipo de colmeia os disco não ficam sobre o fundo das colmeias, mas, em cima de uma cruz.



Cappas: O senhor que estava retirando o mel  é na verdade um Xamam, um sacerdote do lugar, pode-se ver o respeito  como que ele trata as abelhas.


Para encerrar, Cappas, termina fazendo um observação em relação a coexistência do meliponário tradicional com o racional. 


Espero que o post seja esclarecedor, qualquer sugestão fico no aguardo. 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Alagoas: Abelhas sem ferrão geram renda e preservam planta nativa


1 litro de mel das melipônias, custa até R$ 150,00, enquanto de uma africanizada custa menos de R$ 100,00
Meliponicultura é um termo que serve para designar a criação de abelhas sem ferrão. Segundo os criadores, o Brasil possui 300 das 400 espécies desse tipo de abelha que existem no mundo. E como não possuem ferrão nem toxina, também têm fama de dóceis.
Outro diferencial para essas abelhas é que elas só fazem a polinização de plantas nativas da região de Mata Atlântica, sendo responsáveis por 60% a 70% da polinização das flores de plantas nativas e não visitam plantas que foram introduzidas no país, como a acerola.
Entre as plantas nativas que a abelha Uruçu visita para fazer a polinização, estão murici, araçá, goiaba, jaboticaba, jambo, pitanga e aroeira. Como elas só polinizam as plantas nativas, o mel que elas produzem tem um sabor diferenciado e é bastante valorizado.
Ainda assim, apesar da valorização do mercado e dos preços satisfatórios para o produtor, a demanda ainda é maior do que a oferta. O mel é bastante procurado, mas ainda não existe produção suficiente para atender ao mercado local.
Um litro de mel das melipônias, como são chamadas as abelhas sem ferrão, custa entre R$ 100,00 e R$ 150,00, enquanto um litro de mel das abelhas africanizadas, como são denominadas as demais, custa menos de R$ 10,00.
As abelhas sem ferrão conseguem produzir de 4 a 10 litros de mel por ano por cada colméia, mas para isso é preciso ter conhecimento técnico, saber cuidar, não deixar faltar alimento para elas, e a área deve estar preservada, deve ter pasto nativo.
Além da Uruçú, outras abelhas sem ferrão criadas em Alagoas são a Moça-branca, Mosquetinho, Mandaçaia, Jataí e Jandaira.
Foto: Divulgação.
Fonte: Tendências do Mercado

Expointer 2011 – Criação de abelhas nativas sem ferrão é destaque no Caminhos da Integração


A criação de abelhas nativas sem ferrão, chamada de meliponicultura, é uma das atrações do espaço Caminhos da Integração, organizado entre Emater/RS-Ascar e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na 34ª Expointer.
Os visitantes poderão conhecer no local diversas espécies de abelhas nativas sem ferrão, como a jataí, mirim guaçu e tubuna - mais indicadas para a produção de mel – e também a guaraipo, manduri e mandaçaia, mais utilizadas para a venda dos enxames. Conforme a extensionista da Emater/RS-Ascar de Bom Retiro do Sul, Luciane de Armas, o objetivo da parcela é mostrar para o público a importância da preservação destas espécies e a atividade como uma alternativa de renda para os produtores. No local, os técnicos da Emater/RS-Ascar orientam os interessados sobre manejo, identificação das espécies mais comuns, captura de enxames através de iscas e modelos de colmeias.
Luciane destaca que as abelhas nativas sem ferrão exercem um papel importante na preservação da biodiversidade da flora. “São essenciais (as abelhas) para a continuidade das espécies, devido ao trabalho de polinização realizado por elas”, afirma. A extensionista da Emater/RS também ressalta que as meliponídeas podem ser inseridas no projeto de ornamentação e embelezamento das propriedades.
Quanto à captura dos enxames, Luciane ressalta que os produtores devem ter cuidados com a preservação do meio ambiente. “O ideal é que se retire o enxame de árvores mortas ou através de iscas”, afirma, ao explicar que muitos criadores derrubam árvores para ter acesso aos ninhos, que geralmente são estabelecidos em ocos de árvores, fendas de rochas, cavidades no solo ou em ninhos abandonados de formigas e cupins.
Conforme Luciane, as abelhas sem ferrão são de fácil manejo e proporcionam ao produtor uma boa alternativa de renda. Apesar de o rendimento por caixa ser menor – cerca de 700g a 2kg por ano, dependendo da espécie – em comparação às abelhas com ferrão, o valor do mel produzido pelas espécies sem ferrão é oito a dez vezes superior ao mel comum.
Além da meliponicultura, o Caminhos da Integração também mostra uma maquete-modelo de uma Casa de Mel. O público poderá participar também de uma pesquisa de preferência realizada pela UFRGS, que promove a degustação de méis de floradas não tão comuns, como angico, aroeira e quitoco.
A 34ª Expointer prossegue até o dia 04 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Fonte: EMATER

Privacidade das abelhas é violada e vence prêmio alemão de Microfotografia



Com esta Foto Stefan Diller ganha o "Concurso de Melhor Imagem", da Conferência Internacional de Microscopia da Universidade de Kiel.

Está foto impressionante: Com uma bunda de abelha em close-up o fotógrafo ganhou um concurso de fotografia científica internacional. Stefan Diller venceu mais de 900 concorrentes de mais de 40 países e levou para casa o primeiro lugar no "Concurso de Melhor Imagem em Microscopia” da Conferência Internacional da Universidade de Kiel. "Este é um grande reconhecimento do meu trabalho", disse Diller 52 anos.
A bunda da abelha foi fotografada com um microscópio eletrônico de varredura.Uma imagem de 20 centímetros de comprimento mostra a parte inferior do animal, com uma ampliação 160 mil vezes.
Foi necessário um dia inteiro, em Würzburg, para a gravação da fotografia. Ficou três a quatro horas trabalhando sozinho no microscópio. Para chegar na foto final foram realizadas fotos de quatro diferentes ângulos. Desta forma as estruturas foram reveladas. Diller ficou muito surpreendido com os primeiros resultados, diz: “Como as abelhas são peludas", lembra o fotógrafo.
Diller afirma existir um bom punhado de fotógrafos alemães científicos que lidam profissionalmente com a microscopia eletrônica. A imagem vencedora foi criado em colaboração com a Universidade de Wuerzburg. As melhores imagens da competição foram premiadas no final da semana passada.
Fonte: http://www.n-tv.de/wissen/Bienen-Po-in-Szene-gesetzt-article4233196.html


Pesquisadores do INPA descrevem 3º caso comprovado no mundo de Melitocoria



Por Michelle Portela, de Manaus,



Agência FAPESP – Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) conseguiram descrever como abelhas sem ferrão do gênero Melipona contribuem para a dispersão de sementes de angelim-rajado (Zygia racemosa), espécie presente na vida do ribeirinho e de alto valor comercial. Esse é o terceiro caso no mundo, comprovado cientificamente, de melitocoria, a dispersão de sementes de plantas por abelhas.



A dispersão do angelim-rajado no caso estudado foi realizada por abelhas sem ferrão. O fato surpreendeu os pesquisadores pelo grande tamanho da semente carregada com resina pelas operárias. As abelhas sem ferrão são responsáveis por 30% a 90% da polinização de plantas em diferentes biomas brasileiros.



A participação é acentuada na região amazônica. "O Amazonas concentra a maior variedade de abelhas sem ferrão do mundo. Com a maior extensão territorial e mata preservada, a principal diversidade está aqui, bem perto de nós", disse o biólogo Alexandre Coletto da Silva, do Inpa, à Agência FAPESP.



Das cerca de 400 espécies de abelhas sem ferrão descritas na literatura científica, pelo menos 300 estão na Amazônia. "A importância da descoberta da participação das abelhas na dispersão do angelim-rajado aumenta quando se considera o valor do uso dessa espécie madeireira pelos povos tradicionais da floresta", afirmou Coletto da Silva.


O angelim-rajado é muito usado na construção de paredes de casas ou no entalhe de móveis, como mesas e cadeiras. A descoberta foi descrita na revista Acta Amazonica.

Durante um ano, o grupo da bióloga Christinny Giselly Bacelar Lima, doutoranda em botânica pelo Inpa, acompanhou o comportamento das abelhas entre o meliponário (onde se criam abelhas sem ferrão) do Inpa e a floresta natural do campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Quando voltavam da floresta, algumas traziam sementes para as colméias.

Segundo Coletto da Silva, os pesquisadores se questionaram sobre a possibilidade de dispersão pelas abelhas. "Se eram abelhas mesmo que estavam levando as sementes para lá, precisávamos provar esse comportamento", disse.

Uma câmera foi instalada na frente da colméia para registrar o momento em que as abelhas voltavam para "casa" com as sementes presas nas pernas. De modo a descobrir a semente de qual espécie de planta estava sendo transportada, os pesquisadores entraram na mata da Ufam, para onde sabiam que as abelhas voavam uma vez que haviam observado a direção e sentido que as operárias se deslocavam após sair das colméias.

"No primeiro dia de campo, após várias horas de caminhada pela mata, confirmamos a existência de inúmeras mudas como as que trazíamos conosco, obtidas a partir das sementes trazidas pelas abelhas e postas para germinar. E, mais à frente, ao olharmos para cima deparamos com um grande angelim-rajado", disse Coletto da Silva.

Posteriormente, ele e outro membro do grupo subiram no angelim por rapel para fotografar a coleta. "No alto, fotografamos abelhas coletando sementes. Era o terceiro caso registrado no mundo", afirmou.

O primeiro caso de melitocoria foi registrado na Austrália. Uma abelha do grupo das trigonas (Trigona carbonaria), espécie sem ferrão menor, carregava a semente de um tipo de eucalipto. O segundo caso foi no Amazonas, também com abelhas Melipona, que espalharam sementes da espécie vegetal Coussapoa asperifolia.

O artigo Melitocoria de Zygia racemosa (Ducke) Barneby & Grimes por Melipona seminigra merrillae Cockerell, 1919 y Melipona compressipes manaosensis Schwarz, 1932 (Hymenoptera, Meliponina) en la Amazonía Central, Brasil, de Christinny Giselly Bacelar-Lima e outros, publicado na Acta Amazoniza (vol. 3, 3ª edição), pode ser lido em http://acta.inpa.gov.br.

Fonte: Michelle Portela / Agência Fapesp